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Porque o buraco na camada de ozônio está na Antártica?

Você já se perguntou porque o buraco na camada de ozônio está na Antártica? Neste post abordaremos este assunto. 

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Em todo o mundo as massas de ar circulam, sendo que um poluente lançado no Brasil pode atingir a Europa devido a correntes de convecção. Na Antártida, por sua vez, devido ao rigoroso inverno de seis meses, essa circulação de ar não ocorre e, assim, formam-se círculos de convecção exclusivos daquela área. Os poluentes atraídos durante o verão permanecem na Antártida até a época de subirem para a estratosfera. Ao chegar o verão, os primeiros raios de sol quebram as moléculas de CFC encontradas nessa área, iniciando a reação. Em 1988, foi constatado que na atmosfera da Antártida, a concentração de monóxido de cloro é cem vezes maior que em qualquer outra parte do mundo. 

O INPE desenvolve importante programa de observações da camada de ozônio, mantendo no território nacional uma rede de observatórios da camada de ozônio e de radiação ultravioleta. O grupo é muito ativo em termos de publicações e participação em eventos internacionais. Dois de seus membros já foram parte do IOC, International Ozone Commission. Fora do Brasil, instalou-se ainda um observatório em La Paz, na Bolívia, para obter dados de altitude nos Andes, e também no Chile, na região mais austral do continente, em Punta Arenas, com o objetivo de observar o Buraco da Camada de Ozônio, fenômeno tipicamente Antártico. 

Seguem abaixo dois exemplos de medidas feitas em Punta Arenas, Chile, região da Antártica, onde se pode observar o Buraco na Camada de Ozônio da Antártica. 

Exemplo do buraco de ozônio da Antártica, mostrando concentrações de ozônio em nbar (nanobar) em função de altura em km, em função do tempo (dias de outubro); a concentração é mínima no dia 12, 13, e 14 de outubro de 1995, quando o buraco passa por cima de Punta Arenas.
Representação do buraco de ozônio da Antártica, visto em Punta Arenas, em função da variação do conteúdo total de ozônio, medido por duas técnicas diferentes: usando espectrofotômetro e usando sondagens de ozônio. 
 
A Radiação Ultravioleta é uma parte sui-generis do espectro solar, e pode ser separada em três partes: a radiação UV-A, que se estende desde 320 a 400 nanometros (nm); a radiação UV-B, que vai de 280-320 nm; e a radiação UV-C, que vai de 280 a comprimentos de onda ainda menores. O UV-C é totalmente absorvido na atmosfera terrestre, e por isto não é de maior importância para medidas feitas da superfície da Terra. O UV-A é importante, porque não é absorvido pela atmosfera, a não ser por espalhamento nas moléculas e partículas, e porque tem efeitos sobre a pele humana. A radiação UV mais importante, sem dúvida, é a UV-B. Esta radiação é absorvida na atmosfera pelo ozônio, na estratosfera. A pequena quantidade que passa pela atmosfera e atinge a superfície é muito importante, porque excessos desta radiação causam câncer de pele, e são a grande preocupação dos médicos dermatologistas. Como a camada de ozônio está ainda diminuindo, e vai continuar assim por mais algumas décadas, acredita-se que o UV-B vai aumentar sua intensidade no futuro. 

É por isto que as medidas de UV-B, em diversas situações e em vários sítios, é considerada tão importante. Já existe tecnologia adequada para se medir o UV-B. 

Instrumento que mede a radiação UV-B em vários canais importantes do espectro, permite estudos da camada de ozônio e do Buraco na camada de ozônio, e da radiação UV-B. A foto mostra um instrumento instalado na Estação Brasileira da Antártica, Comandante Ferraz
 
O INPE mantém uma importante rede de monitores de UV-B no território nacional, e tem oferecido estas informações à comunidade médica. Um dos objetivos do trabalho é divulgar o índice de UV-B, que é um número sem dimensões que visa definir quantitativamente se o sol está forte ou fraco. É um número de 0 a 16. No inverno, em S.Paulo, por exemplo, o índice é da ordem de 5, e no verão da ordem de 12.









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